A Voz do Povo

A seletividade alimentar é uma das dificuldades mais comuns enfrentadas por crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), impactando não apenas sua nutrição, mas também a dinâmica familiar e social. Caracterizada pela recusa em experimentar novos alimentos e pela preferência restrita a determinadas texturas, cores e sabores, essa condição exige atenção especializada e estratégias adaptadas.

Muitos autistas apresentam hipersensibilidade sensorial, o que pode tornar certos cheiros e texturas intoleráveis, dificultando a aceitação de uma alimentação variada. Essa seletividade pode levar a déficits nutricionais, comprometendo o crescimento e o desenvolvimento da criança. Além disso, a resistência a mudanças pode tornar o momento das refeições um grande desafio para os pais, que enfrentam frustração e preocupação diante da recusa alimentar.

O acompanhamento por profissionais, como nutricionistas, terapeutas ocupacionais e psicólogos, é fundamental para ajudar a ampliar o repertório alimentar dessas crianças. Estratégias como a introdução gradual de novos alimentos, a criação de associações positivas com a comida e a adaptação da alimentação às necessidades sensoriais do autista são essenciais para melhorar a aceitação alimentar.

Conclusão
A seletividade alimentar no autismo vai além de uma simples questão de gosto e representa um desafio complexo que exige compreensão e paciência. Com suporte especializado e abordagens adequadas, é possível promover hábitos mais saudáveis e proporcionar uma melhor qualidade de vida para crianças autistas e suas famílias.