China amplia presença no Ártico com novas rotas marítimas e bases de pesquisa
A China tem intensificado sua presença estratégica no Ártico, consolidando-se como um dos principais atores na exploração científica e nas novas rotas comerciais da região. Com o derretimento das calotas polares e o aumento da navegabilidade do chamado “Caminho da Seda Polar”, o país vê na área uma oportunidade de encurtar rotas entre a Ásia e a Europa, além de garantir acesso a novos recursos naturais.
Nos últimos meses, Pequim anunciou a construção de novas bases de pesquisa e a ampliação de expedições científicas em cooperação com países como Rússia e Islândia. A embarcação de pesquisa Xuelong 2 (Dragão de Neve 2), símbolo da ambição chinesa no Ártico, já realizou missões de monitoramento climático e de mapeamento marítimo em regiões próximas ao Polo Norte.
Analistas apontam que, embora a China não possua território no Ártico, sua política de “nação próxima ao Ártico” busca garantir influência geopolítica e participação nas futuras decisões internacionais sobre a exploração de recursos minerais e energéticos da região. O interesse chinês desperta preocupação em potências ocidentais, especialmente nos Estados Unidos, que veem o avanço como uma extensão da estratégia global de expansão da influência de Pequim.
O governo chinês, por sua vez, afirma que suas atividades são de caráter científico e pacífico, voltadas à cooperação internacional e à preservação ambiental. No entanto, especialistas ressaltam que o controle de rotas marítimas e a presença em zonas estratégicas do Ártico podem redefinir o equilíbrio comercial e militar nas próximas décadas.
Com investimentos crescentes e um planejamento de longo prazo, a China demonstra que o frio extremo do Ártico está longe de esfriar suas ambições globais.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Aisha Cohen