China mira a Lua e além: Nova fronteira espacial aposta em exploração lunar e asteroides

A corrida espacial do século XXI ganha novos contornos, e a China está na linha de frente. Com investimentos crescentes, missões ousadas e metas ambiciosas, o país asiático consolida seu protagonismo na exploração do espaço profundo — mirando não apenas a superfície lunar, mas também asteroides e, futuramente, Marte.
Em 2025, a China deu mais um passo marcante ao lançar a missão Tianwen‑2, com o objetivo de coletar amostras de um asteroide próximo à Terra e trazê-las de volta para análise. A operação, considerada complexa até mesmo por padrões internacionais, coloca o país no seleto grupo de nações que buscam entender a origem do sistema solar por meio desses corpos celestes primitivos.
Mas os olhos chineses não estão voltados apenas para asteroides. A série de missões Chang’e, que já levou robôs à Lua e trouxe amostras do solo lunar em 2020, terá continuidade com os projetos Chang’e‑6, 7 e 8, que visam explorar o polo sul lunar — região de grande interesse científico por possíveis depósitos de água congelada e recursos minerais. As missões devem servir de base para a construção de uma estação lunar internacional, em parceria com países aliados como Rússia, Paquistão e Venezuela.
Outro destaque é o telescópio espacial Xuntian, previsto para entrar em operação ainda em 2025. Com capacidade de observação comparável ao Hubble, ele será colocado em uma órbita próxima à estação espacial chinesa Tiangong e promete expandir significativamente a pesquisa astronômica do país.
A ambição espacial da China é parte de um plano maior, que inclui o envio de astronautas à Lua até 2030, missões tripuladas a Marte nas décadas seguintes e o fortalecimento da indústria aeroespacial nacional, cada vez mais envolvida em projetos de lançamento, satélites e colaboração internacional.
Para Pequim, o domínio do espaço é também uma questão de soberania tecnológica, prestígio global e segurança estratégica. “A China não quer apenas participar da nova corrida espacial — ela quer liderá-la”, afirma Liu Qiang, analista da Universidade de Beihang.
Apesar do ritmo acelerado, a política espacial chinesa ainda enfrenta desafios, como o custo elevado, riscos tecnológicos e tensões com países ocidentais, especialmente os Estados Unidos, que veem o avanço chinês com cautela.
Ainda assim, a nova fronteira espacial da China não mostra sinais de desaceleração. Com cada missão bem-sucedida, o país constrói não só sua presença além da Terra, mas também um novo capítulo da exploração humana do cosmos — com assinatura e ambição chinesa.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Aisha Cohen