Robôs em Campo – China Sediará os Primeiros Jogos de Esportes com Humanoides

Pequim se prepara para fazer história mais uma vez no cenário esportivo internacional. Em agosto de 2025, a capital chinesa será palco da primeira edição dos World Humanoid Robot Sports Games, um evento inédito que colocará robôs humanoides frente a frente em competições atléticas. A iniciativa reforça o papel da China como potência global em inteligência artificial e robótica avançada.
O evento acontecerá em estruturas utilizadas nas Olimpíadas de 2008, como o icônico Ninho de Pássaro, e contará com modalidades adaptadas às capacidades dos robôs, como corrida, levantamento de peso, futebol, basquete e tarefas de coordenação motora fina. Cada equipe será composta por máquinas desenvolvidas por universidades, startups e centros de pesquisa de todo o mundo.
O objetivo vai além do espetáculo: os organizadores desejam promover a inovação em robótica humanoide e acelerar o desenvolvimento de tecnologias aplicáveis à saúde, segurança e serviços urbanos. “Queremos mostrar ao mundo como a robótica pode integrar-se à vida cotidiana e ampliar as possibilidades humanas”, afirmou Zhao Wei, diretor do comitê organizador.
As regras foram desenvolvidas por engenheiros e especialistas em ética da IA para garantir competições justas, seguras e com limitações que evitem o uso de máquinas perigosas ou com capacidades destrutivas. Os robôs devem obedecer comandos de voz, responder a estímulos visuais e operar com total autonomia, dentro dos parâmetros pré-definidos.
A iniciativa faz parte da estratégia nacional chinesa de posicionar-se como líder em robótica até 2030, alinhando tecnologia, soft power e diplomacia científica. O evento também terá cobertura internacional, transmissões online e interação com o público por meio de realidade aumentada.
Críticos, no entanto, apontam que o avanço da robótica esportiva pode ser usado como vitrine política, ao mesmo tempo em que levanta preocupações sobre o uso de IA em contextos militares e de vigilância. Apesar disso, a repercussão positiva entre empresas de tecnologia e universidades mostra que os Jogos dos Robôs têm potencial para se tornar um marco na evolução da interação entre humanos e máquinas.
Com a combinação de espetáculo, ciência e inovação, Pequim volta ao centro dos holofotes mundiais — desta vez, não pelos atletas de carne e osso, mas por competidores com placas, sensores e inteligência artificial.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Aisha Cohen